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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Análise : Ace Combat : Assault Horizon

Quando se procura por um jogo de aviões (fora simuladores), não há muito por onde fugir, a série Ace Combat é a melhor e mais popular dentro do gênero. Depois de uma ausência nos consoles em alta definição após o lançamento de Ace Combat 6, os combates aéreos estão de volta em Assault Horizon.

Esta nova entrada marca uma mudança na série. Ao contrário dos outros Ace Combat, Assault Horizon não tem lugar num mundo fictício (uma visão diferente do nosso planeta conhecido como Strangereal), mas sim no nosso mundo, com os cinco continentes todos nos lugares corretos.

A única coisa fictícia é a sua história, que acontece num futuro próximo, mais precisamente em 2015, e pode muito bem ser apelidada de clichê. Mais uma vez temos um confronto entre duas das maiores potencias mundiais, os E.U.A. e a Rússia (não a Rússia em si, mas um bando de terroristas desse país). Mesmo sendo clichê, gostei do resultado final. Existem várias reviravoltas e descobertas que mantém o enredo interessante até ao final.

Claro que o ponto de destaque em Assault Horizon é pilotar os aviões, mas surpreendentemente surgem outros aspetos interessantes como os personagens, que são simples, mas memoráveis. Temos o herói, Lieutenant Colonel William Bishop, os seus amigos, um homem e uma loira simpática e bonita, e também o vilão, Andrei "Akula" Markov (que tem um avião badass com uma pintura de dentes de tubarão).

Durante a campanha visitaremos cidades magníficas como o Dubai, Miami, Washington DC e outras. Os edifícios mais marcantes destas cidades saltam logo à vista, voar em redor do Burj Khalifa (o edifício mais alto do mundo com 828 metros) é uma experiência incrível, ou então olhar para baixo e ver as praias atraentes de Miami. As grandes altitudes tudo parece maravilhoso, mas basta aproximar-nos um pouco do solo para percebermos que existem partes que não são nada mais que uma textura de má qualidade e edifícios sem relevo.

Este último aspeto poderia estar melhor, mas no que é importante, Assault Horizon cumpre. Os aviões apresentam-se em grande quantidade e bem representados, e o melhor de tudo é a sua destruição. Quando a Bandai Namco anunciou o jogo, foi dito que este seria o mais cinematográfico da série, e não é mentira. Quando destruímos os aviões inimigos, somos premiados com uma pequena cena em que vemos o avião em chamas e desfazer-se em pedaços. Há cenas ainda melhores que acompanham de perto os nossos mísseis até os mesmos chocarem com o seu alvo.

Os efeitos climáticos, e outros efeitos como a fumaça, receberam alguma atenção do Project Aces. Há uma parte do jogo que vemos fumaça preta elevando-se ao céu, e se passarmos por entre ela, ficamos sem visão. Quanto aos efeitos climáticos, conseguimos ver o vento batendo e a exercer força contra o avião, e em níveis em que está chovendo, se subirmos acima das nuvens, a chuva desaparece.

As missões são básicas e de fácil compreensão. O objetivo é apresentado com clareza e sabemos precisamente o que temos de fazer. Quanto à variedade, estamos falando de um jogo de aviões de guerra, não há muito por onde fugir, a maior parte do tempo será destruindo outros aviões ou alvos no solo. No entanto, há missões que fogem à regra. Numa delas temos que permanecer stealth e voar de noite entre os radares inimigos e quase rastejando no solo até chegarmos ao alvo para o bombardear. Noutras, teremos que pilotar helicópteros, uma boa adição para desenjoar dos aviões a jato.

As características dos diferentes aviões fazem-se sentir na jogabilidade. Antes de avançarem para uma missão, será sempre dada a opção de escolha ao jogador. Não vão encontrar nenhum avião perfeito. Há aqueles que são muito rápidos, mas que sacrificam a agilidade. E depois há aqueles com um grande poder destrutivo, mas que sacrificam uma das características anteriores. O ideal é encontrar aquele mais equilibrado. O tipo de mísseis equipados no avião também pode ser escolhido, embora não haja muita variedade ou tenham tanta relevância como a escolha do avião.

Uma das novidades na jogabilidade é a capacidade de perseguimos de perto um avião inimigo. Para isso, basta estarmos perto dele, esperar que um circulo verde apareça em seu redor e carregar nos gatilhos superiores. Feito isto, o avião fica bloqueado ao nosso campo de visão. Para fugir terá que efetuar manobras bruscas e mudanças de direção rápidas. Não somos os únicos capazes desta habilidade, os nossos inimigos também podem utilizá-la. A melhor forma de escapar e contra-atacar é esperar pelo momento certo e carregar nos gatilhos superiores. Se tiverem sucesso, o avião fará uma pirueta e vai atrás do avião inimigo, ou seja, há uma troca de lugares.

Numa missão nunca estaremos sozinhos. Ao nosso lado teremos sempre aviões aliados. O seu papel deveria ser ajudar-nos sempre que fosse preciso, no entanto, este não é o caso. Em Assault Horizon estamos acompanhados, mas é como se estivéssemos sozinhos. Temos que abater cada um dos aviões inimigos que aparecem, sem qualquer ajuda, mesmo estando acompanhados por aviões aliados. Enquanto que a IA inimiga acaba se ajudando (por exemplo, se estiverem perseguindo um avião inimigo poderá haver outro que se coloque por detrás de vocês e tente abate-lo), a IA aliada não faz nada se formos nós que estivermos nessa situação.

Ainda nas missões, estas têm tendência para se prolongarem e tornarem-se aborrecidas. O que normalmente acontece, é abatermos um grupo de aviões, e logo a seguir aparece logo outro do nada, e assim sucessivamente. Juntem isto com a IA aliada que nada faz para nos ajudar, e têm um jogo que por vezes vai se tornar frustrante.

No multijogador online, há vários modos para escolher. Para quem apenas estiver interessado em abater tudo o que se mexe, têm o clássico Deathmatch. Depois há os modos Capital Conquest e Domination que são baseados em trabalho de equipe. Em Capital Conquest teremos que destruir o quartel general inimigo (e eles o nosso). Já em Domination, não teremos que destruir, mas sim capturar bases. No online podem ainda optar por jogar as missões da campanha em modo cooperativo e evitar ter que lidar com a IA aliada.

À medida que forem progredindo no online de Assault Horizon, desbloquearão habilidades (mais ataque, mais velocidade, etc) para equiparem no seu avião. É uma característica já comum entre todos os grandes jogos de renome a nível online. Em relação a esses, Assault Horizon não é muito diferente, a diferença é que pilotamos aviões.

Ace Combat: Assault Horizon já é apelidado por alguns como o Modern Warfare dos céus. Para lá caminha, sem dúvida. Mas antes de ser merecedor desse título, ainda precisa aparar umas arestas. De qualquer forma, reconhecemos que o Project Aces fez aqui um trabalho que merece ser reconhecido e apesar de ainda ser cedo para falar sobre isto, uma sequência seria bem-vinda e uma excelente aposta. Se procura o melhor jogo dentro deste gênero, não procurem mais, está aqui.

Fonte: Eurogamer.pt

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