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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Preview : Resident Evil Revelations


Depois da sua apresentação há mais de um ano, Resident Evil: Revelations para a Nintendo 3DS começou a criar furor por diversos motivos. Entre a comunidade de fãs da série em particular, Revelations mostrou-se como um promissor título com uma história que vem acrescentar mais uma fatia a tudo o que já sabemos e com um tom mais escuro e mais pausado do que os mais recentes. Resident Evil 5 ficou aquém das expectativas dos fãs quando se apresentou mais como um jogo de ação na terceira pessoa a promover o kick-ass do que propriamente o desafio de sobrevivência e a sua vontade em querer desafiar e intimidar o jogador. Numa altura em que cada título é essencial para a sobrevivência de cada série e não existe espaço para "experiências", é muito importante ouvir o que os fãs querem e precisam. Essa parece ter sido a principal preocupação da Capcom para este novo Revelations.
Para todos os outros que não são fãs de Resident Evil, este novo Revelations surgiu imponente e único na sua capacidade de mostrar o potencial gráfico da nova portátil Nintendo 3DS. Certamente que não há maior elogio para esta versão adaptada do motor da Capcom, o MTFramework, e melhor elogio para a máquina que lhe dá vida, que os fãs colocarem em causa o que estão a ver, se é tempo real, pré-renderizado ou até CGI. Certamente que encheu de alegria os membros das duas companhias Japonesas quando ouviram comentários sobre a sua qualidade e certamente animou a Nintendo quando o uso do 3D neste caso em específico foi aclamado como um exemplo do 3D a beneficiar um jogo no seu ambiente e no envolvimento com o mesmo.
'Resident Evil: Revelations' Screenshot 1
Jill Valentine regressa e o caminho do futuro é feito em chão familiar.
Depois de vários trailers que impressionaram quanto ao que está a ser preparado e depois da demonstração do primeiro vídeo em 3D na apresentação em Portugal, tivemos a oportunidade na E3 de o jogar. A demonstração em si era curta e menor ainda foi o tempo que tivemos disponível para estar com ela, mas mesmo assim o tempo que tivemos para jogar serviu para dar algumas indicações de como Revelations espera surpreender os fãs e de como recupera o passado onde provavelmente mais conta e como acena a todos os fãs que pediram para não cometer mais erros.
Revelations decorre entre Resident Evil 4 e Resident Evil 5, como explicado pelos membros da Capcom e não após a mais recente entrada na história como inicialmente previsto. Os personagens principais são novamente Chris Redfield e Jill Valentine e neste regresso ao passado em jeito duplo, foi na pele de Jill que tivemos o primeiro contacto jogável com o jogo. Foi a corajosa agente das forças especiais que estava de serviço e foi com ela que conhecemos os argumentos que Revelations vai ganhando consoante deixa o estatuto de demo técnica para jogo em avançado estado de desenvolvimento, para conquistar os fãs.
A primeira coisa que imediatamente percebemos, e nos agradou, foi que jogamos de noite e jogamos num ambiente fechado dentro de uma mansão. Isto pode soar como uma tentativa de emular o primeiro e aí conquistar atenções fáceis, mas em termos de ambiente e atmosfera não há dúvida que isto é Resident Evil. Ambientes escuros e de dimensões reduzidas, que nem sempre nos permitem manobrar com facilidade, luzes que vão dando lugar a formas estranhas e que nos deixam desconfortáveis. Nesta era da alta definição as companhias têm a tendência de à força quererem mostrar um poderoso motor gráfico e dar toda a informação ao jogador, não precisa de pensar ou imaginar, senta-se e assimila. Aqui a Capcom dá a base, dá o ambiente e todo o desconforto daí resultante está intimamente ligado à imaginação do jogador e ao que ele pensa que vai surgir para o atacar.
'Resident Evil: Revelations' Screenshot 2
A Capcom parece empenhada num tom cinematográfico.
Sem dúvida que em termos de ambiente estamos perante um clássico na série e até o próprio ritmo da demo era bastante diferente do tom de ação de Resident Evil 5. Os objetivos eram intuitivos mas nem sempre descarados e mesmo num curto espaço de jogo, fomos forçados a pensar e mais do que isso, não estamos perante um caso tão simples quanto seguir em frente. Outra das grandes novidades de interesse é ver como a Capcom está a utilizar as propriedades únicas desta portátil e tendo em conta que estamos perante um jogo de "peso" na série, é importante saber se existe aqui algo que pode vir a afetar o futuro da mesma.
A posição de Jill no ecrã é exatamente igual à de Chris e Sheva em Resident Evil 5, ou seja, está situada na parte esquerda do ecrã. Movimenta-se com grande graciosidade e toda a ação é fluida. Tal como os dois anteriores na série principal também este vai apresentar uma câmara por cima do ombro. Revelations é um daqueles jogos que quer mesmo apresentar um grande argumento a favor do 3D na plataforma Nintendo. Sem o efeito 3D o jogo é belo de ver mas com este efeito ativado todo o ambiente ganha uma carga de profundidade simplesmente incomparável. É uma daqueles jogos que simplesmente não consigo jogar sem o 3D ativado.

Um dos maiores receios perante os fãs está relacionado com a obrigatoriedade de parar o movimento do personagem para poder disparar. Este foi a maior crítica em Resident Evil 5, ao lado do tom de maior ação. Aqui a Capcom mostra que ouviu aos fãs e dá-nos finalmente a possibilidade de mover a personagem enquanto disparamos. E mais ainda, em Revelations podemos até mesmo disparar com a câmara na primeira pessoa, algo que dá uma sensação diferente, mas igualmente válida, sensação de profundidade.
Resident Evil 5 pecou bastante por implementar um maior ritmo, mais em tom de ação, mas manter a jogabilidade presa no passado, nomeadamente nos obrigar a parar para disparar. Resident Evil: Revelations não só investe numa personalidade mais ao encontro do que os fãs acreditam ser a adequada para a série como também mostra como usar as capacidades da portátil pode ser expandido. A troca para a primeira pessoa pode causar alguma estranheza pois a sensação de proximidade pode ser afetada e tal irá causar-nos alguns problemas nos momentos de maior ação.
'Resident Evil: Revelations' Screenshot 3
Os inimigos eram ágeis e atacam sem piedade. Uma das reivindicações dos fãs.
Acreditamos que a intenção é dar maior imersão ao jogo durante os confrontos e que o desejado é mostrar uma bela carga de intensidade e profundidade promovidos pelo efeito 3D. Tudo isto resulta mas requer algum hábito e quanto a isto esperamos poder passar mais tempo do jogo para poder dizer como afeta, ou melhora, o jogo. O principal problema com a passagem para a perspetiva na primeira pessoal está mesmo ligado à sensação de distância que pode ser um pouco enganadora e traiçoeira na hora de expressar corretamente os comportamentos dos inimigos.
Em Resident Evil: Revelations os inimigos são ágeis e investem sobre nós sem piedade. Acabaram-se, aparentemente, os zombies que ficavam parados ou eram demasiadamente lentos para oferecer desafio. Isso parece mesmo estar resolvido em Revelations. Inimigos mais rápidos e mais agressivos combinado com maiores opções de resposta por parte do jogador.
Um dos grandes pontos de interesse nas mais recentes portáteis Nintendo tem sido o seu ecrã táctil e na 3DS tal não é exceção. Como tal, a Capcom fez questão que as suas funcionalidades não fossem apenas para cumprir papel e mostram-se altamente importantes. Ainda mais tendo em conta a forma intuitiva e cómoda de jogar que o ecrã táctil que serve de suporte vem oferecer. Acabaram-se as interrupções na ação e as quebras no ritmo, agora o jogador pode trocar de armas e usar itens em tempo real, bastando para isso um toque no ecrã inferior para utilizar o que pretende.
São este tipo de implementações e novidades que acreditamos que podem melhorar a série e dar-lhe capacidade para se sentir fresca e não algo que ainda continua preso ao passado. A componente de puzzles regressa e também ela dá mostras de se saber ter adaptado às especificações de uma consola tão singular quanto esta 3DS. Não só pelo uso do ecrã táctil como também pela forma como parecem estar estruturados para desafiar o jogador, ao contrário do convencional posicionamento apenas para aumentar artificialmente a longevidade e sem qualquer tipo de dificuldade.
'Resident Evil: Revelations' Screenshot 4
Esta é uma das novas funcionalidades que o jogador tem, a procura de itens em pontos escondidos. Serve para contrariar a maior escassez de itens.
Para isso a Capcom vai apostar numa maior dificuldade de encontro às origens da série. Já falamos nos inimigos mais impiedosos e agora falamos na maior dificuldade em encontrar itens e munições. Em grande parte da demonstração o jogador tinha que procurar itens e agora temos uma nova arma que pesquisa por objetos escondidos e não só parece funcionar desta forma como também para descobrir acesso a novos puzzles.
Acreditamos que Resident Evil: Revelations tem tudo para ser um dos estandartes promocionais para a nova plataforma portátil da Nintendo. Visualmente a Capcom impressionou-nos desde o primeiro dia e o regressar a ambientes mais ao encontro do que vimos nos episódios originais é de louvar e apenas é preciso que a Capcom harmonize todos os aspetos do jogo neste assalto aos jogos de alto perfil na 3DS.
Esperamos que não sejam cometidos erros desnecessários que venham a comprometer o produto e por enquanto a sensação é que a Capcom tem realmente algo muito bom entre mãos, e altamente distinto dentro do catálogo de jogos anunciados. É o reforçar que Resident Evil ainda pode e deve ser Resident Evil, algo singular. O enredo parece ser intenso, a jogabilidade sente-se fresca e as jogabilidade parece desafiar e cativar o jogador. Vamos ver se a Capcom vai conseguir continuar o desenvolvimento a bom ritmo e consolidar o pacote como um todo.
Abaixo o Trailer e o Gameplay
                                               Trailer



                                         Gameplay




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